Campeões da Europa 2016

por Monica Sona
Fiquei fora de mim, embora não fosse nada de que não acreditasse. Defendi com unhas e dentes cada etapa ultrapassada. Todos que me ouviam dizer que íamos à final, diziam que era maluquinha, mas eu vi na nossa selecção aquilo que o Fernando Santos viu. Senti uma fé enorme, e tive sempre uma grande convicção que se fosse para acontecer que fosse agora!
Quando vi pela primeira vez a entrevista de Fernando Santos {no programa Alta Definição – SIC}, gostei de saber que era um homem integro, com fé e com uma bela história. Um homem com um grande espírito. E nesse mesmo momento pensei que iríamos longe, porque muito mais importante que ter uma equipa cheia dos melhores jogadores e treinadores, é ter essa mesma equipa unida, com força de acreditar, com fé e cheia de orgulho em representar o nosso pais. 
Fomos criticados, pelos jornalistas, pelos franceses, pelos “Velhos do Restelo”, pelos alemães e por tantos que li aqui e ali.
Fomos o patinho feio. A equipa dos pedreiros e das porteiras. 
E enquanto uns viram que Portugal não tinha ganho nenhum jogo aos 90 minutos eu via as coisas de uma outra perspectiva, Portugal não tinha perdido nenhum jogo.
Tivemos um estádio cheio de almas lusas, que cá deste lado se fez ouvir tão bem num apoio extraordinário, como deve ser maravilhoso estar a jogar fora do nosso pais e mesmo assim sentir que se está em casa.  
Esta final deu luta, deu nervos em franja ao ver o melhor jogador do mundo ser lesionado bem no inicio do jogo, ver o seu desespero e a sua angustia foi um grande murro no estômago. Naquele momento houve um silêncio em cada casa, na rua, em cada parte do mundo onde existisse uma alma lusa. E quando se viu uma “borboleta” pousar no rosto do menino português, era apenas uma mensagem enviada pelos corações que batiam forte pela nossa pátria, onde cada um dizia  “calma Ronaldo, vai tudo correr bem”. 
O Ronaldo saiu a equipa reorganizou-se e não se deixou abater por tamanha perda, lutamos e sofremos até aos 90 minutos, entramos em prolongamento e continuamos a lutar e a sofrer, e eu pensava “calma não vamos a penaltis porque o elefante Zella escolheu a bola portuguesa, vamos ganhar”. 
Era uma vontade antiga, um ajuste de contas, a vontade de fazer história e de dar aos franceses não um banho de champanhe mas sim de humildade. Não sei se vão aprender a lição, não sei se vão começar a respeitar mais os nossos cidadãos que moram no território deles e que tanto respeito merecem. Também não faz mal que não tenham homenageado o pais campeão da Europa, iluminando a Torre Eiffel com as cores da bandeira portuguesa. A serio que não faz mal, porque não temos apenas um semáforo, temos todos os semáforos do mundo com as cores da minha bandeira. 
 
 “…Juntos somos mais fortes, somos o céu que abraça o mundo…”
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